" Eu só quero viver em paz e usufruir do que Deus nos deixou no mundo, não preciso de riquezas materiais para ser feliz. Apenas quero sentir o que Deus nos fala em nossos ouvidos em um simples soprar do vento. "

( Bob Marley )

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Pão de Cristo



( O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Vitor.
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito. )

Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal. Víctor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer. - Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele.
Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:
- Que queria o pobre homem? - Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido,
- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma  comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora! - Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber! - Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa! Mesmo de costas para eles, Vitor ouviu tudo que disseram. Envergonhado, quería afastar-se correndo dalí, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:
- Aquí tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe um trabalho para você. Espero que encontre.
- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza.
- Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo. Víctor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo.  Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias.
Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior. O PÃO DE CRISTO! - Um momento!, - pensou, não posso guardar o Pão de Cristo somente para mim. Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho.
- Quem sabe, este pobre homem tenha fome - pensou - tenho que partilhar o Pão de Cristo. - Ouça - exclamou Víctor- gostaría de entrar e comer uma boa comida? O velho se voltou e encarou-o sem acreditar. - Você fala serio, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente. Durante a ceia, Víctor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel. - Está guardando un pouco para amanhã? Perguntou. 
- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ltimamente e estava chorando quando o deixei.
Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão. - O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe   os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça. Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engolí-lo com alegria. De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado. - Tome cachorrinho. Te dou a metade - disse o menino. O Pão de Cristo alcançará tambem você. O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.
- Até logo!, disse Vitor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego. Não desespere! - Sabe? - sua voz se tornou em um susurro - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!
Ao se afastar, Vitor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna. Se agachou para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde  estava gravado o nome e endereço de seu dono.
Víctor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta. Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria. Estava por repreender Vitor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve. Disse então: - No jornal de ontem, oferecí uma recompensa pelo resgate. Tome!! Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse: - Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho. - Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.
Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma. Chamava-se: 
'Partilhe o Pão da Vida'


' Não canseis de dar, mas não dês as sogras, dai com o coração, mesmo que doa. Que o Senhor nos conceda a graça de tomar nossa cruz e segui-lo, mesmo que doa!
Bem, agora se desejares, reparta com os amigos.
Ajuda-os a repartir e refletir. Eu já o fiz.
Espero que sirva para tua vida, e que toque o teu coração como tocou o meu...
Que Deus os bendiga, abençoe e proteja sempre!!

( desconheço autor )

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